Research@hec - Special Issue - Compilação de Pesquisas - (Page 10)

aumentar a CapaCidade idade de inovação moldando a perCepção dos gestores sobre seus Contextos professor de estratégia e política da empresa na HeC, nils plambeck escolheu como principais temas de investigação as determinantes e as consequências da cognição num contexto organizacional. plambeck fez o seu doutoramento e obteve um diploma Kaufmann com enfoque em estratégia e sociologia na universidade de Hamburgo. de decisões tendem a procurar menos informação ou informação já familiar, o que os torna menos propensos a procurar o tipo de informação nova que leva ao desenvolvimento de produtos mais inovadores. Daí a hipótese de Plambeck: quanto mais negativa for a percepção de um gestor sobre um evento influenciador, menos inovador é o produto resultante. Em última análise, as conclusões de Plambeck confirmam que a interpretação negativa de um evento influenciador está associada a produtos menos inovadores. Munidos desta nova informação, como podem os líderes controlar na prática a cognição na inovação? O primeiro passo é identificar os fatores que influenciam a negatividade das percepções dos gestores. A eStrAtégiA dA eMPreSA inFlUenCiA A ForMA CoMo oS geStoreS veeM o MUndo No seu estudo, Plambeck distingue entre estratégias empresariais mais defensivas, caracterizadas pelo enfoque na preservação da posição no mercado, e estratégias mais ofensivas, definidas por uma constante procura de aproveitar novas oportunidades. O objetivo foi investigar uma correlação potencial entre o grau da posição defensiva de uma empresa e a negatividade da resposta dos gestores a mudanças no setor. Em última análise, Plambeck confirma que as estratégias empresariais mais defensivas levam a percepções mais negativas da parte dos gestores. "Quando a estratégia da empresa induz os gestores a considerarem o contexto externo como uma ameaça a combater, sua atenção é desviada para informações mais negativas. Por outro lado, os executivos influenciados por estratégias ofensivas encaram o contexto externo como uma fonte de novas oportunidades." Plambeck estudou também para testar a sua hipótese, plambeck e a sua equipe de investigadores recolheram dados de 84 empresas alemãs do setor dos fornecedores da indústria automobilística. os investigadores telefonaram aos diretores executivos de cada empresa para solicitar a sua participação e o nome do responsável pela inovação nos produtos. Foram depois enviados questionários à pessoa identificada como diretor da inovação. as questões testavam o grau defensivo da estratégia da empresa, bem como a disponibilidade de recursos ociosos, o grau de inovação do produto mais recentemente desenvolvido e o grau de negatividade das interpretações do entrevistado ao evento ou eventos que conduziram à inovação. identificando o que influencia os processos de decisão da gestão sênior, o estudo de plambeck possibilita o ajuste consciente das influências cognitivas. "o primeiro passo é estar consciente deste processo de cognição." plambeck sugere o controle prático da cognição ampliando os horizontes para o exterior da empresa. "Já tentou olhar para o assunto de um ângulo diferente? Fale com pessoas fora da empresa que não estão expostas aos fatores internos que condicionam as perspectivas em um determinado assunto. as discussões com pessoas fora da empresa, especialmente sobre eventos do setor que parecem fundamentais, não ocorrem necessariamente com naturalidade. por isso, muitas empresas organizam colaborações formais com universidades, consultoras ou outras empresas." a forma como a influência na estratégia da empresa relativamente a inovação é mediada pela cognição dos gestores. Em outras palavras, uma estratégia defensiva/ofensiva é uma determinante prévia da capacidade de inovação, ou será seu papel nas percepções dos gestores da empresa que influencia essa capacidade? Plambeck conclui que, de fato, a estratégia afeta a inovação de ambas as formas. Ou seja, predetermina em parte a capacidade de inovação orientando os valores e os objetivos da empresa, influenciando ao mesmo tempo a capacidade de inovação pelos seus efeitos na negatividade dos gestores. CAPACidAde de inovAÇÃo: nÃo é UMA qUeStÃo de dinheiro Plambeck refere o debate em curso sobre o papel dos recursos da empresa no empreendedorismo. Segundo uma escola de pensamento, a vantagem de possuir mais recursos de I&D coloca as empresas maiores em posição de desenvolver produtos mais inovadores. Os maiores recursos são também identificados como uma almofada que protege as empresas contra incertezas, permitindo aos gestores experimentar mais livremente. Com base nestes argumentos, Plambeck procura confirmar se maiores níveis de recursos levam a que os gestores avaliem os eventos de forma menos negativa. Entretanto, o outro lado do debate argumenta que maiores níveis de recursos podem de fato impedir a inovação, pois as maiores dimensões exigem regras e mecanismos de controle mais formais que a dificultam. Por isso, Plambeck identifica também uma segunda hipótese, aparentemente contraditória, sobre os efeitos do tamanho da empresa: quanto maior o nível de recursos, menos inovadores são os produtos. Plambeck mediu o tamanho em termos do número de funcionários e da disponibilidade de recursos ociosos. Em última análise, as suas conclusões confirmam que mais recursos levam os gestores a responder menos negativamente a alterações no setor e que, da mesma forma, mais recursos não levam à falta de capacidade de inovação. Contudo, e talvez surpreendentemente, Plambeck conclui que, embora não sejam um dissuasor da inovação, os recursos ociosos também não são um motivador direto da capacidade de inovação, Em termos gerais, Plambeck conclui que o tamanho da empresa afeta a cognição dos gestores e esta influencia por sua vez a capacidade de inovação, mas não tem impacto direto no grau de inovação dos novos produtos. "Estas conclusões sugerem que, se quisermos ser altamente inovadores poderemos ter que mudar a nossa abordagem se a nossa estratégia for defensiva", afirma Plambeck. "O melhor é procurar informação externa e talvez não esperar por eventos influenciadores do setor para desenvolver novos produtos, pois os gestores muitas vezes os percebem como ameaças. Essa negatividade produz resultados menos inovadores." Baseado em uma entrevista a Nils Plambeck e no seu artigo "The development of new products: The role of firm context and managerial cognition". aumentar a CapaCidade de inovação aumentar a CapaCidade de inovação umentar a CapaCidade de inovação "O meu interesse era saber o que impulsiona a inovação", afirma o investigador Nils Plambeck. "Dado que o processo não funciona da mesma forma para todos, eu sabia que teria que abordar a questão a partir de um ângulo interpretativo ou cognitivo." Assim, a questão seguinte de Plambeck foi: que tipo de perspectivas de gestão inspira a capacidade de inovação? "Segundo estudos anteriores, sabíamos que as emoções negativas são as que conduzem mais frequentemente à ação, porque assinalam uma necessidade de mudança. Contudo, apesar disso, a cognição negativa recebeu muito pouca atenção em estudos anteriores sobre empreendedorismo. Por isso, fiz do papel da negatividade na inovação um dos temas principais da minha investigação." Ocorreu também a Plambeck que a forma como os gestores veem o mundo é muito condicionada pela organização onde estão inseridos. Em outras palavras, o contexto organizacional pode influenciar o grau em que os gestores interpretam negativamente os eventos no mercado. "Utilizei uma abordagem integrada ao fenômeno, explorando as interações entre a negatividade do gestor e o contexto da empresa, e estudei a forma como cada uma delas, isoladamente e em conjunto, influencia a atividade de empreendedorismo." MetodologiA APliCAÇÕeS PrÁtiCAS Os contextos empresariais estão em constante e rápida evolução. Porém, qual é exatamente a forma como as tecnologias, a procura ou a regulamentação levam ao desenvolvimento de novos produtos? O que conduz à capacidade de inovação nas empresas? As conclusões de Nils Plambeck, por vezes surpreendentes, sugerem que a resposta é multidimensional. o PenSAMento negAtivo CondUz A ProdUtoS MenoS inovAdoreS Plambeck explica que quando um gestor avalia negativamente uma mudança no contexto do setor, presumirá que isso poderá gerar perdas para a empresa. Ou seja, os gestores com percepções negativas de eventos influenciadores pressentem uma ameaça. Estudos anteriores mostram que, quando ameaçados, os tomadores 10 dAdoS BiogrÁFiCoS 11

Alimentador do ndice para Edio Digital da Research@hec - Special Issue - Compilação de Pesquisas

Cobertura
Investigação em gestão e economia como parceira de negócio
Cátedras e centros
Índice
Corpo Docente Da HEC Paris
Energias renováveis na Europa: preconceitos e pressão institucional inibem investimentos
Aumentar a capacidade de inovação moldando a percepção dos gestores sobre seus contextos
Quando devemos deixar sair uma inovação?
Governação empresarial: a independência dos executivos seniores está no centro do desempenho
Consolidar a confiança para o sucesso das F&A
Tomada de decisão: por que subestimamos os eventos raros?

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