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tomada de deCisão: por que subestimamos os eventos raros? mohammed abdellaoui detentor de um phd em matemática da economia e econometria, mohammed abdellaoui é professor de ciência da decisão na HeC e diretor de investigação no Cnrs (gregHeC). É editor-chefe da publicação internacional theory and decision. Foi também o vencedor do "decision analysis society publication award" de 2009 pela sua publicação "loss aversion under prospect theory: a parameterFree measurement." A incerteza acompanha a maior parte das decisões coletivas e individuais. Uma vez que desconhecemos a probabilidade de cada opção disponível, tomamos decisões com base na experiência. Contudo, esta forma de agir é parcial, pois leva a subestimar ou ignorar os eventos raros. Por exemplo, isso pode explicar a razão por que, em 2005, apenas metade dos danos colossais causados pelos furacões na costa atlântica a norte dos Estados Unidos estavam cobertos pelo seguro. Mohammed Abdellaoui e os seus coautores tentaram compreender este fenômeno surpreendente. PerCePÇÃo SUBJetivA dA inCertezA "deSCritA" No estudo, quando os tomadores de decisões fizeram uma escolha com base em descrições das distribuições de probabilidade, tenderam a sentir um aumento na probabilidade de uma perda algo provável (50% de hipóteses de perder 1000 €) menos fortemente que o mesmo aumento da probabilidade de uma perda muito improvável (5% de risco de perder 1000 €), ou de uma perda quase certa (95% de risco de perder 1000 €). Este comportamento é também observado para os ganhos. Na linguagem da teoria das perspectivas, isto significa que os tomadores de decisões enfrentando incerteza sobrestimam as baixas probabilidades e subestimam as probabilidades moderadas e elevadas. O estudo de Abdellaoui e seus coautores confirma este resultado. moderadas e elevadas. O estudo de Abdellaoui e seus coautores confirma este resultado. "A forma como a informação é comunicada influencia as percepções pessoais." PerCePÇÃo SUBJetivA dA inCertezA "deSCritA" No estudo, quando os tomadores de decisões fizeram uma escolha com base em descrições das distribuições de probabilidade, tenderam a sentir um aumento na probabilidade de uma perda algo provável (50% de hipóteses de perder 1000 €) menos fortemente que o mesmo aumento da probabilidade de uma perda muito improvável (5% de risco de perder 1000 €), ou de uma perda quase certa (95% de risco de perder 1000 €). Este comportamento é também observado para os ganhos. Na linguagem da teoria das perspectivas, isto significa que os tomadores de decisões enfrentando incerteza sobrestimam as baixas probabilidades e subestimam as probabilidades APreSentAÇÃo dA inForMAÇÃo Por fim, a forma como a informação é comunicada influencia as percepções pessoais. Uma descrição monótona utilizando números apresentados em termos de probabilidades não tem o mesmo impacto no comportamento que a informação adquirida por experiência. As campanhas de segurança rodoviária focadas na comunicação de taxas de acidentes têm pouco sucesso. Por outro lado, os sinais que indicam a ocorrência de mortes em um determinado local têm maior impacto. Além de terem pouca capacidade de provocar incerteza, as estatísticas são também por vezes mal compreendidas e mal utilizadas, mesmo pelos tomadores de decisões mais sofisticados. Em um contexto de incerteza, estes fatores contribuem AM AMoStrAS PeqUenAS e MeMÓriA CUrtA Por um lado, em um contexto de incerteza, os formuladores de políticas tendem a confiar em conclusões baseadas em amostras muito pequenas, ou seja, precisam de poucos exemplos para formar uma opinião. Além disso, os tomadores de decisões tendem a extrair lições de situações mais recentes. Por exemplo, após uma catástrofe natural, os habitantes de uma região devastada ficam muitas vezes inclinados a contratar um seguro. Porém, uma proporção significativa dos que contrataram o seguro imediatamente a seguir ao desastre desistem dele alguns anos mais tarde. MetodologiA abdellaoui e seus coautores compararam as escolhas observadas em experiências laboratoriais com as previstas pela teoria das perspectivas de tversky e Kahneman (1992) em dois contextos. no primeiro, os indivíduos escolheram entre alternativas descritas na forma de distribuições de probabilidade (risco "descrito"). no segundo, o tomador de decisões descobriu cada alternativa através de um processo de amostragem com distribuição de probabilidade desconhecida (risco "experimentado"). APliCAÇÕeS PArA geStoreS nos dois contextos de incerteza estudados por abdellaoui e seus coautores, o comportamento individual diverge das previsões do modelo padrão de racionalidade ou do modelo da utilidade esperada. quando os indivíduos tomam decisões com base na experiência (em vez de em opções conhecidas), o seu comportamento diverge também das previsões da teoria das perspectivas, fazendo-os subestimar ou ignorar eventos raros. o conhecimento destes fenômenos e a compreensão das suas causas podem ajudar a melhorar e a modernizar as práticas de gestão de risco. em particular, seria possível ter em conta o fato que mesmo tomadores de decisões bem treinados não estão imunes à parcialidade estatística ou comportamental. para a tomada de decisões incoerentes que podem ter graves consequências econômicas. Com base em uma entrevista a Mohammed Abdellaoui e no artigo "Experienced vs. Described Uncertainty: Do We Need Two Prospect Theory Specifications?" de Mohammed Abdellaoui, Olivier L'Haridon e Corina Paraschiv, publicado no Management Science em junho de 2011. tomada de deCisão: por que subestimamos os eventos raros? tomada de deCisão: por que subestimamos os eventos raros? omada de deCisão: por que subestimamos os eventos raros? isão: por que subestimamos os eventos raros? 18 dAdoS BiogrÁFiCoS legenda da imagem do cisne negro: A teoria do cisne negro foi desenvolvida pelo acadêmico Nassim Nicholas Taleb para descrever eventos imprevisíveis com baixa probabilidade, mas com consequências significativas. 19

Alimentador do ndice para Edio Digital da Research@hec - Special Issue - Compilação de Pesquisas

Cobertura
Investigação em gestão e economia como parceira de negócio
Cátedras e centros
Índice
Corpo Docente Da HEC Paris
Energias renováveis na Europa: preconceitos e pressão institucional inibem investimentos
Aumentar a capacidade de inovação moldando a percepção dos gestores sobre seus contextos
Quando devemos deixar sair uma inovação?
Governação empresarial: a independência dos executivos seniores está no centro do desempenho
Consolidar a confiança para o sucesso das F&A
Tomada de decisão: por que subestimamos os eventos raros?

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